terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Sebastião Nery

Em 1948 Salvador não existia. Era “a Bahia”. O interior inteiro, quando ia para a capital, dizia que estava indo para “a Bahia”. E “a Bahia” foi minha primeira grande aventura externa. Saí de Jaguaquara para a Bahia.

E chegou o mar. Nunca tinha visto o mar. Sabia que era grande e ameaçador. E ia ter que tomar o “navio da Bahiana”, da Companhia Navegação Baiana, que fazia Salvador e os outros portos da baía de Todos os Santos. De repente, numa curva, vi ao longe aquela coisa azul, enorme, espichada, como um imenso animal deitado. Era o mar.

O coração disparou. O trem foi se aproximando, parou perto. Fui comer meu camarão com chuchu, mas de olho no belo animal azul.

O trem parava em São Roque, havia uma meia hora para o pequeno navio sair. Corríamos em disparada para as barracas das baianas do camarão com chuchu, a maior contribuição culinária dos africanos à cozinha brasileira. Maior do que a feijoada, porque a feijoada é complexa. Camarão com chuchu é simples, come-se com colher.

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Riquezas

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Minha Identidade

É com temor e tremor, como escreveu Kierkegaard,

Que aqui neste momento dou a minha identidade:

Católico de nascimento, batista tradicional,
Chamado de comunista e também de pentecostal. Participo da política com a maior tranquilidade, Pois Deus dirige a história conforme a Sua vontade. Com Marina ou Ciro Gomes, Bolsonaro ou alguém mais, E também não vou dizer que o Lula nunca mais. Sempre participei, desde a minha mocidade, Candidato muitas vezes, nem sempre na mesma cidade. Mas sempre fico contente por poder participar, Seja aqui, ou seja ali, ou seja em qualquer lugar. Aqueles que me apoiam alegram o meu coração. Aqueles que me criticam recebem o meu perdão. Porque sei que cada um tem a sua liturgia, Pois a diversidade faz parte da democracia.

Vendo e Ouvindo

A Curtida Final